São Paulo – A carteira de pedidos firmes da fabricante brasileira de aviões Embraer atingiu recorde no primeiro trimestre deste ano, com um total de US$ 26,4 bilhões, em alta de 25% sobre o primeiro trimestre de 2024. Os resultados do período, divulgados nesta terça-feira (6), mostram, porém, aumento no prejuízo ajustado, de R$ 429 milhões. No mesmo período de 2024, o lucro fora de R$ 63,5 milhões. Segundo a empresa, o resultado se deve a impostos e resultados negativos da divisão de veículos elétricos Eve.
Em relação à carteira de pedidos firmes, a empresa destacou o desempenho do setor de defesa e segurança, com aumento de 73%, e de aviação executiva, com alta de 66%. O segmento de serviços e e registrou expansão de 49%, já a aviação executiva teve recuo de 10% na carteira de pedidos sempre na comparação ano a ano. A receita foi de R$ 6,4 bilhões no trimestre.
A empresa entregou sete jatos comerciais nos primeiros três meses deste ano, mesma quantidade do primeiro trimestre do ano ado. Entre os jatos executivos, foram 23 entregas, contra 18 no mesmo período do ano ado. Não houve entregas de aviões em defesa e segurança.
Na apresentação de resultados realizada na manhã desta terça-feira a analistas e jornalistas, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, exaltou os resultados da empresa e afirmou que a companhia está trabalhando para vender aviões do modelo militar KC-390 aos Estados Unidos, além de aeronaves militares para Arábia Saudita, Índia e Polônia. Disse, porém, que tanto os aviões comerciais como os militares enfrentam uma forte concorrência.
Na apresentação dos resultados, Gomes Neto comentou sobre o aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos. Ele disse que os resultados ainda não foram impactados pelas medidas do presidente Donald Trump e que, por terem uma grande quantidade de conteúdo norte-americano embarcada em suas aeronaves, a Embraer poderá ter os efeitos “mitigados”. O CEO da Embraer também comentou que, se a empresa concretizar vendas do KC-390 a órgãos do governo norte-americano, as aeronaves serão produzidas nos Estados Unidos.
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