Rio de Janeiro – A Etihad Airways, empresa aérea de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, deverá voltar a voar para o Brasil em 2026. A decisão está quase tomada e a empresa avalia agora qual será o seu destino no País, afirmou na segunda-feira (28) o ministro assistente para Relações Econômicas e Comerciais dos Emirados Árabes Unidos, Saeed Mubarak Al Hajeri.
Al Hajeri e a ministra da Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos, Reem Al Hashimy, se reuniram com jornalistas no Rio de Janeiro na manhã de segunda-feira. Eles estão no Brasil para uma agenda de encontros com autoridades e instituições locais, além de participar de eventos do grupo Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Indonésia, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Egito e que terá encontro de cúpula no Brasil em julho.
De acordo com Al Hajeri, o destino da Etihad no Brasil ainda não foi decido porque depende “de condições comerciais” que estão sendo avaliadas pela empresa, mas Brasília poderá receber os voos diretos a partir de Abu Dhabi, assim como o Rio de Janeiro e São Paulo, para onde a empresa voou entre 2013 e 2017.
No mesmo encontro, Al Hashimy destacou que hoje vivem 13 mil brasileiros nos Emirados Árabes Unidos, que formam uma comunidade muito “atuante” no país, além de mais de cem mil que visitam os Emirados anualmente. Ela também disse que existe um intercâmbio crescente entre os dois países e que mais voos são essenciais para conectar viajantes dos dois países. Atualmente, a Emirates Airline, empresa de Dubai, voa para São Paulo e Rio de Janeiro.
Al Hashimy e Al Hajeri enfatizaram que o Brasil é um parceiro comercial importante e estratégico, pois também é a “porta de entrada” para mais projetos do seu país na América do Sul. Lembraram que os Emirados Árabes Unidos e o Brasil têm investimentos mútuos em setores como produção de alimentos, logística e infraestrutura.
Esses laços econômicos, disseram, poderão se tornar mais fortes com a de acordo de livre-comércio entre Emirados e Mercosul, união aduaneira formada por Brasil, Argentina Uruguai e Paraguai que já tem o Egito como parceiro entre os países árabes. Na avaliação das autoridades dos Emirados, o acordo será assinado “brevemente”.
O embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Brasília, Saleh Ahmed Alsuwaidi, afirmou que é um “orgulho” que Brasil e Emirados mantenham um comércio de itens não petrolíferos de US$ 4,4 bilhões. “Mas estamos buscando formas de expandir e ampliar [essa troca] tanto em comércio como em investimentos”, disse. “Em relação a comércio, estamos trabalhando para incluir um amplo acordo de parceria econômica (Cepa, na sigla em inglês) com o Mercosul e Brasil, o que é muito importante para dobrar esses números”, disse em referência ao objetivo de ampliar a relação comercial. Ele também lembrou que os dois países têm um memorando de entendimentos assinado para a promoção de investimentos.
Leia também:
Brics pode ampliar laços entre Brasil e Emirados