São Paulo – A economia de Comores desacelerou em 2024 em razão de, entre outros motivos, exportações e importações em queda e baixa concessão de crédito no setor privado, afirmou um relatório divulgado na quinta-feira (22) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Técnicos da instituição encontram autoridades locais entre 29 de abril e 13 maio em Moroni, capital de Comores.
De acordo com o comunicado dos técnicos do FMI, as autoridades de Comores estão comprometidas em alcançar os objetivos já determinados com o fundo, mas diversos fatores contribuíram para um desempenho econômico aquém do esperado. Entre as causas da desaceleração estão baixas exportações e importações, arrecadação tributária menor do que o planejado e desafios do setor financeiro.
Transferências de recursos e subsídios para a execução de projetos ajudaram a compensar o desempenho econômico fraco e a conter o déficit em conta corrente em 2,2% do Produto Interno Bruto. A inflação encerrou 2024 em 6%, menor do que o pico de 8,7% registrado em setembro. O motivo para este aumento dos preços, indicou o fundo, foram os custos dos alimentos. Metas traçadas entre o FMI e autoridades foram apenas parcialmente atingidas.
“As autoridades estão empenhadas em tomar medidas corretivas para as metas não cumpridas. Medidas de curto prazo para garantir a aplicação adequada da legislação tributária e a cobrança de impostos em atraso impulsionarão a arrecadação de receitas. Além disso, todos os atrasos no serviço da dívida externa acumulados desde o início do ano foram quitados”, informou o FMI.
Mesmo com os desafios econômicos comuns a “economias insulares”, observou o FMI, seus técnicos aprovaram o ree do equivalente a US$ 4,7 milhões sob um acordo de crédito entre Comores e o fundo. Este ree é uma parcela de um total de US$ 23,5 milhões, mas o envio do dinheiro ainda está precisa ar por aprovação final do FMI.
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