São Paulo – Estudantes dos cursos de Direito e Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco visitaram nesta segunda-feira (5) a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. Na ocasião, assistiram a uma palestra sobre os países árabes e sobre o papel da instituição na promoção das relações comerciais, diplomáticas e culturais entre Brasil e países árabes.
Do encontro participaram o vice-presidente istrativo da Câmara Árabe e presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, que é mantenedora da instituição de ensino, Nahid Chicani, o vice-presidente de Relações Internacionais e secretário-geral da Câmara Árabe, Mohamad Mourad, e a diretora de Relações Institucionais, Fernanda Baltazar.
“A troca comercial é muito importante para todos os lados, tanto para quem compra e para quem vende. É importante para o mercado interno ter o mundo como concorrente e oportunidades de fazer negócios. E para poder trazer de fora produtos em que você não é eficiente, não é tão bom”, disse Mourad. “A Câmara de Comércio Árabe Brasileira busca aproximar o Brasil dos 22 países árabes”, disse, em comparação com outras instituições de outros países, que, geralmente, promovem os negócios entre o Brasil e apenas um país.
Fernanda Baltazar apresentou dados referentes aos países árabes e ao Brasil no mundo e da relação entre si. Em 2024, citou, o Brasil exportou aos árabes US$ 24 bilhões, um recorde, sobretudo em commodities e importou US$ 10 bilhões, especialmente em petróleo e fertilizantes. Foi o 11º maior fornecedor global aos árabes e o 12º destino das exportações deles, tendo Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita e Argélia como principais destinos das remessas e Arábia Saudita, Argélia, Marrocos, Egito e Emirados como principais fornecedores.
A Câmara Árabe, disse ela, abre suas portas para receber empresários e instituições árabes em suas dependências e está presente em locais estratégicos para os negócios, como Brasília, onde ficam as 18 representações diplomáticas árabes no Brasil, Itajaí, em Santa Catarina, de onde sai parte das exportações para o mundo árabe, além de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Cairo, no Egito, onde a instituição está para se relacionar com empresas e instituições árabes ou brasileiras que atuem no mundo árabe.
“Estamos sempre em diálogo com ministérios, com o governo federal, com entidades de classe para entender como podemos atuar com mundo árabe e, com isso, criar parceiros para que possamos fazer missões internacionais, apresentar aos empresários as oportunidades, mostrar quais são as contrapartes do mundo árabe para os empresários brasileiros. Uma câmara é um local onde são criadas conexões”, definiu Baltazar.
Ela lembrou que os países árabes formam um bloco entre si em razão de compartilharem a mesma língua, mas são muito diferentes tanto do ponto de vista cultural como econômico. Os países do Golfo, que são grandes exportadores de petróleo, estão investindo muito em inovação tecnológica. Já países do Norte da África são grandes fornecedores de alimentos, inclusive ao Brasil, como laranjas do Egito e azeite da Tunísia.
A executiva compartilhou também o que é o halal, que são produtos feitos de acordo com as regras do Islã e comentou sobre os desafios tarifários, o que a própria câmara vê como eventual oportunidade de mercado entre Brasil e países árabes.
Diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, coordenador e professor do curso de Relações Internacionais, José Maria de Souza Jr. afirmou que a visita foi importante para que os estudantes pudessem conhecer o papel de uma câmara de comércio. “É fundamental para eles que conheçam a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, como funciona uma câmara de comércio. É importante também para levantarem a hipótese de inserção no mercado de trabalho e para que conheçam a Câmara Árabe onde forem trabalhar”, afirmou o docente.