São Paulo – As economias do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) têm dado grande ênfase à digitalização como forma de impulsionar a inovação e estimular o crescimento econômico dos seus países, segundo estudo divulgado na terça-feira (1) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O bloco é formado pelos árabes Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait.
A análise aponta que essas nações incorporaram estratégias ambiciosas de digitalização dentro de suas agendas de transformação econômica, com metas definidas, e traz um levantamento sobre os objetivos traçados pelos países. Segundo o documento, em 2021 a economia digital (DE, em inglês) contribuía com 2% do Produto Interno Bruto (PIB) real de Omã, país que tem como objetivo chegar a 10% em 2040.
No Catar, o peso da economia digital era de 4,5% no PIB não petrolífero em 2017, com meta de ir para 7,8% até o ano de 2030. Na Arábia Saudita, a contribuição da DE era de 11,5% no PIB real em 2018 e o objetivo é de bater os 16% neste ano de 2025. A análise do Fundo Monetário Internacional aponta que nos Emirados Árabes Unidos, a economia digital significava 9,7% em 2022 e que a meta é avançar para 19,4% em 2032.
Se tratando de digitalização de serviços governamentais, o relatório informa a meta do Bahrein de que 200 tipos de serviços sejam oferecidos nesse formato até 2026 e o objetivo do Kuwait de ter 90% dos serviços digitalizados até 2027. No Catar é meta ter 90% dos serviços governamentais digitalizados em 2030.
Omã quer ar de 50º no Índice de Desenvolvimento do Governo Eletrônico das Nações Unidas em 2020 para 10º em 2040. No mesmo ranking, a Arábia Saudita quer sair da 31ª colocação em 2022 para a 5ª em 2030. Os Emirados Árabes Unidos têm meta ambiciosa de ter a totalidade dos seus serviços governamentais, ou 100%, digitalizados ainda em 2025.
Para chegar lá
Segundo o fundo, os principais pontos focais da transformação digital no GCC incluem a modernização da infraestrutura digital e o aumento a contribuição da economia digital no PIB, a racionalização das operações governamentais e a promoção de governança aberta para mais eficiência e inovação, a implementação de tecnologias nacionais de informação e comunicação e estratégias de banda larga, a melhoria da qualidade de vida e a eficiência operacional para que avancem os padrões de vida dos cidadãos.
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